Atleticano alpinopolense coleciona quase 200 peças

No município de pouco mais de 20 mil habitantes, as comemorações pela conquista do título de campeão nacional pela segunda vez em exatos 49 anos, 11 meses e 19 dias, também levaram os torcedores do Atlético Mineiro ao delírio incontido na noite da última quinta para sexta-feira. Um deles, é o jovem Michael Douglas Nascimento Reis, considerado um dos mais fanáticos pelo time mais conhecido em todo o país pelo mascote Galo, e quase enlouqueceu na noite do dia 2, quando em Salvador (BA), venceu de virada, o Bahia por 3 a 2, e sagrou-se campeão brasileiro com duas rodadas do encerramento.

Sua paixão pelo alvinegro de Belo Horizonte é tanta, que o professor de educação física perdeu as contas de tantas loucuras que aprontou ao longo dos 27 anos de vida. A última, ocorreu dia 12 de novembro passado, quando se casou com Júlia Morais, de 24 anos, engenheira civil, mas atualmente é professora em uma escola particular. Na parte traseira do par de sapatos que subiu no altar, ainda tem o escudo do Atlético.

“Pena que ainda só tinha uma estrela de campeão brasileiro no emblema que mandei colar na altura do calcanhar, mas o legal é que todos que foram na igreja tiveram a comprovação da minha obsessão pelo Atlético”, comentou.

Dono de uma academia funcional em Alpinópolis, Michael é sócio torcedor do Galo, e possui uma coleção de produtos com a marca que se aproxima de 200 peças, que vão desde caneta até uma camisa oficial assinada há cerca de dois anos por vários jogadores, alguns ainda permanecem no elenco.

“Até mandei colocá-lo em quadro, tenho também emoldurada a imagem do time campeão da Copa Libertadores 2013. Por enquanto, tudo ainda está na casa da minha mãe, porque estou construindo a minha. Estão comigo os sapatos, as camisas e as canecas para tomar cerveja”, brincou.

O professor contou que desde criancinha torce para o Galo, apesar do pai ser santista. “Ele não conseguiu fazer minha cabeça e me apaixonar pelo time do Pelé. Fez de tudo, inclusive me dando camisas do Santos, mas foi meu tio atleticano que obteve mais sucesso. Daí em diante não teve jeito, virei atleticano de caderneta. Só alegria”, ressaltou um dos integrantes da torcida uniformizada Venta Galo.

Sobre o título do Brasileirão 2021, Michael não escondeu a emoção. “Graças a Deus as zoeiras de que o Atlético era chamado de ‘cavalo paraguaio’, ‘50 anos sem um título nacional’, e outras, estou livre. O troféu foi merecido, e pena que o título veio longe de Belo Horizonte. É o melhor time do Brasil na atualidade, e só não chegamos à final da Libertadores por falta de sorte. O terceiro caneco do Galo neste ano já tem nome: Copa do Brasil”, afirmou.

Sem saber quantas vezes foi aos estádios do Mineirão, Independência, e outros, para assistir aos jogos do Atlético, Michael ainda tem o desejo de conhecer a Cidade do Galo, em Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte, um dos centros de treinamentos mais completos do mundo. Curiosamente, alguns políticos de Alpinópolis também são torcedores do Atlético. Os ex-prefeitos Batatinha, seu filho Júlio Batatinha, Edinho do Oswaldo, e o atual vice, Léo do Posto.

Fonte: Folha da Manhã

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