No último sábado, dia 5 de junho, aconteceu a sessão inaugural do Instituto Genealógico Sul-Mineiro – IGENSM. Entre os membros está o alpinopolense Juliano Pereira de Souza, pesquisador e cabo da Polícia Militar de Minas Gerais. A cerimônia ocorreu de forma remota, devido à pandemia. O instituto é organizado como uma Casa e conta com 40 cadeiras, das quais os patronos são genealogistas, cujos trabalhos se debruçam sobre as origens de famílias da região. O patrono da Casa, e de uma das cadeiras, é Monsenhor Lefort (José do Patrocínio Lefort), um genealogista de referência para os moradores do Sul de Minas.
Com sede, tanto solene como jurídica, ambas em caráter permanente, na cidade de Poços de Caldas, o instituto propõe o intercâmbio entre pesquisadores de Genealogia, História e demais ciências afins, bem como a integração destes com os arquivos de fontes primárias existentes no país e no exterior, cadastramento dos arquivos civis, militares, eclesiásticos, diplomáticos, universitários, particulares e outros, bem como promoção do estudo, divulgação de sua documentação e fomento de cursos e palestras de Genealogia e ciências correlatas.
A ideia da criação de um sodalício dedicado à genealogia sul-mineira, um antigo e anelado propósito de muitos genealogistas distribuídos por toda a Serra da Mantiqueira e Bacia do Rio Grande, foi retomada a partir de um inusitado encontro de várias lideranças culturais/literárias sul-mineiras com o autor português, António Andresen Guimarães para o lançamento, no Brasil, do seu ensaio biográfico “Cypriano Joseph da Rocha: Relato de uma vida, entre Portugal e o Brasil, na Idade do Ouro”, editado, em 2019, pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda Portuguesa. Tal obra, de autoria do hexaneto do biografado, é de grande interesse para os sul-mineiros, pois o referido ouvidor fundou o Arraial de São Cipriano, em local estrategicamente escolhido, que se tornou posteriormente a ‘Vila da Campanha da Princeza’, território que corresponde ao atual Sul de Minas Gerais, no Brasil.
Os ocupantes das 40 cadeiras do instituto são genealogistas profissionais, amadores, memorialistas, municipalistas, assim como vários estudiosos do assunto. Também acadêmicos com formação em História, Ciência da Informação e outros campos afins com experiência no trato com fontes primárias, além de parentes de genealogistas tradicionais no Sul de Minas e interessados na continuidade do legado destes precursores da Genealogia Sul-Mineira.
A diretoria do IGENSM ficou constituída com Marcelo Cabral Krauss na presidência, Maria Inez Ribeiro do Valle como vice-presidente e, como secretário-geral, Paulo Paranhos. O 1º secretário é Gustavo Uchoas, a 2ª secretária é Priscila Moraes a 1ª tesoureira é Maria Amélia Chueiri e o 2º tesoureiro é Orlando Sales Filho.
O instituto conta com vários membros da região, sendo, de Guaxupé: Maria Inez Ribeiro do Valle, Maria Amélia Chueiri, Ana Maria Silveira Tauil e Maria Angélica Cardoso; de Nova Rezende: Orlando Sales Filho; de Juruaia: José Carlos Prado; de Arceburgo: Sander Rogério Ribeiro Pereira; de Carmo do Rio Claro: Ana Maria Vilela Soares e de Alpinópolis: Juliano Pereira de Souza.