Maestro Geraldo Aprígio – um alpinopolense da música

maestro_geraldo_aprigioNasce em Alpinópolis, aos 18 de agosto de 1912, um artista da música: Geraldo Aprígio de Paula. Casou-se com dona Maria José Bonfim e estudou música na escola de Aureliano Ferreira Lopes (Seu Laninho). Certo é que, lá, o prazo que os alunos tinham para aprender a lição era de uma semana, mas o Seu Geraldo, no fim da aula, já conseguia solfejar a sua partitura, despontando-se entre os demais mostrando talento e intimidade com as notas musicais, enquanto o professor tudo observava e reconhecia. Chegado o dia da primeira aula com instrumentos, Seu Laninho foi-lhe logo colocando nas mãos o bombardino, instrumento musical dos grandes mestres.

E assim, muito rapidamente, Seu Geraldo, que exercia o ofício de seleiro, passou também a ensinar música a seus filhos, oficiais de selaria e pessoas interessadas, mantendo por muito tempo uma escola de música em sua casa.

Depois de 1944, quando Seu Laninho ficou viúvo e mudou-se de Alpinópolis, Seu Geraldo assumiu a direção da banda Santa Cecília, alegrando a cidade por mais de vinte anos. Era um homem trabalhador, honesto, muito sensível, ensinando com delicadeza composições musicais aos amigos e alunos.

Seu Geraldo Aprígio faleceu muito novo, com apenas 54 anos de idade, em pleno fôlego de criatividade musical. Era o dia 27 de agosto de 1966, quando ocorreu o seu sepultamento no cemitério de Alpinópolis.

A dedicação do nome da rua onde está localizado o Clube Serra Verde ao Maestro Geraldo Aprígio de Paula foi uma das mais justas homenagens ao filho ilustre de Alpinópolis. Músico excelente (e Excelentíssimo Senhor Maestro). Técnico, estudioso, seus filhos Adão Aprígio Bonfim (pistonista e professor de música), Antônia de Paula Bonfim (violinista), Lourdes Maria Da Penha (conhecida por Aparecida – também violinista), herdaram a disciplina e o talento do pai. Seu Geraldo também compunha e é vasta a sua produção, por exemplo, valsas: “Rosária” (em homenagem a Rosária, filha do Sr. Zaro Faria), “Shirley” (em homenagem a Shirley, filha de Sr. Ademar Freire), etc. Dobrados: “Vitor Gonçalves” (homenagem ao músico de igual nome), Hercílio José de Souza” (homenagem ao músico de igual nome, conhecido por Sô Nenen ou Nenen Saturnino).

Referência Bibliográfica: LOPES, José Iglair. História de Alpinópolis: nos séculos XVIII, XIX e XX, até 1983/José Iglair Lopes; colaborador: Dimas Ferreira Lopes. – Belo Horizonte: O Lutador, 2002.

Leave a Reply