Após o café ter sustentado a geração de empregos em Alpinópolis no período da safra, o final da colheita, ocorrido nos últimos dois meses, fez com que o índice entrasse no vermelho pela primeira vez no ano. Na agropecuária foram 42 demissões e apenas 12 contratações entre julho e agosto, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão vinculado ao Ministério da Economia.
De forma geral – incluindo todos os setores – o estudo indica que no referido período aconteceram 129 admissões e 151 desligamentos em Alpinópolis. Só a agropecuária teve saldo negativo de 30 postos de trabalho. Outros segmentos que fecharam no vermelho foram a construção civil (-1) e o comércio (-4). Já o setor de serviços cresceu e gerou 9 vagas, assim como extração mineral com 2 novos empregos.
Se considerado todo o ano de 2019, apesar dos postos fechados no último bimestre, o município ainda conta com saldo positivo e totaliza, até o momento, 62 novas vagas criadas desde janeiro. No total foram gerados 588 empregos e efetivados 526 desligamentos. O mês em que houve melhor saldo foi abril (+24) enquanto julho foi o pior (-18).
A queda na geração de emprego não ocorreu exclusivamente em Alpinópolis, sendo que muitos municípios da região, também dependentes da colheita de café, apresentaram saldo negativo.
A microrregião de Passos, na qual Alpinópolis está inserida, registrou entre julho e agosto a supressão de 361 vagas de trabalho. No entanto, em Minas Gerais o resultado foi positivo com 16.504 postos criados. Já no Brasil o saldo também foi favorável, sendo gerados 165.207 novos empregos com carteira assinada.