Ex-prefeito de Alpinópolis pode ser investigado pelo Ministério Público

Ex-prefeito Júlio Batatinha deverá se investigado por supostas irregularidades

Quatro vereadores de Alpinópolis entraram com pedido para instauração de inquéritos civil e criminal contra o ex-prefeito Júlio Cesar Bueno Silva, o Júlio Batatinha, em decorrência da revisão das diárias de viagem utilizadas por ele durante sua gestão. O requerimento listando as datas, valores e locais foi enviado para que o Ministério Público do Estado de Minas Gerais apure e decida se acata ou não. Total dos gastos ultrapassou R$ 20 mil.

Após meses revisando os gastos com viagens registrados pelo ex-prefeito de Alpinópolis, Júlio Cesar Bueno Silva, os vereadores Mauro Celso de Souza Santos, Rafael Henrique da Silva Freire, Sandra Mara Morais da Silveira Borges e Sandra Aparecida de Carvalho Nascimento apontaram 25 registros que estariam fora das normas pedidas pela legislação. Com base nestes apontamentos, pedem ao MP-MG que instaure um processo pelo ato de improbidade administrativa e pelo crime de responsabilidade dos prefeitos municipais.

Todas as viagens foram realizadas no período de 1º de abril de 2013 e 23 de dezembro de 2013, com gastos que totalizaram R$ 23.805,43. As ilegalidades apuradas são em sua maioria na falta de detalhamento sobre os motivos da viagem, quais os assuntos tratados e a não existência de provas de que o ex-prefeito estivera mesmo naquelas localidades relatadas.

Segundo o vereador Rafael Henrique da Silva Freire, um dos autores do pedido e líder da oposição, as justificativas encontradas para as viagens foram consideradas genéricas e não demonstravam a relevância para o município.

“Iniciamos um trabalho conjunto de análise das contas públicas, que somaram-se meses de intensa verificação dos empenhos relativos a diárias por parte da Prefeitura Municipal, no qual observamos os gastos informados, a finalidade das viagens, as suas justificativas e em especial, se o interesse público local estava em pauta. Diante disso, encontramos justificativas genéricas – que em nada demonstravam a sua relevância para o município – como por exemplo a participação no encontro de prefeitos eleitos entre outros pontos controvertidos encontrados”, declarou o vereador.

Ainda de acordo com ele, com base nestes indícios, a representação foi encaminhada para o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, para que, caso o órgão julgue necessário, dê prosseguimento ao inquérito como prevê a legislação, respeitando os princípios nela fixados do contraditório e a ampla defesa.

Contatado por telefone, o ex-prefeito disse ainda não ter sido notificado sobre o caso, mas que tem plena convicção de que todas as viagens feitas por ele foram justificadas e com vistas a atender necessidades do município.

FONTE: Folha da Manhã – Escrito por Thales Moreira

 

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