Dona Quitita, uma alpinopolense ávida pela notícia

Aparecida Leite de Morais, carinhosamente conhecida por “Dona Quitita”, moradora da cidade de Alpinópolis e hoje, com seus 94 anos, é uma cidadã ávida pela notícia, apreciadora de matérias bem redigidas e checadas, próprias dos meios de comunicação confiáveis. Um exemplo a ser seguido nesses tempos sombrios das fake-news.

Assinante da “Folha da Manhã” há mais de 20 anos, Dona Quitita é uma assídua leitora e espera ansiosamente pela chegada de seu jornal todos os dias. A “Folha”, como o periódico passou a ser conhecido na região, tem sede em Passos e chega a cerca de 40 municípios do entorno, levando informação de qualidade e com credibilidade a seus assinantes. O jornal, fundado em 1983 e desde então dirigido por Carlos Antônio Alonso Parreira, tornou-se referência na região e em todo o estado de Minas Gerais.

Dona Quitita nascida aos 15 de junho de 1926, em Capitólio, é filha de José Leite Machado e Amélia Leite de Morais. Neta paterna de João Pedro Machado e Emília Carolina de Jesus. Neta materna de Domingos Leite da Cunha e Laura Gonçalves de Morais. Bisneto de Domingos Leite da Cunha e Gertrudes Jacinta da Costa. Trineta de Domingos da Cruz Leite e Maria Angélica de Serafim/Nazareth. Trineta de Silvério da Costa Pereira e Maria Perpétua de Faria. Esses dados foram repassados pela própria Dona Quitita, que exibe com orgulho seu exemplar do livro da “Família Leite da Costa e Leite da Cunha”, editado em 1974, para o qual contribuiu, com seus conhecimentos e material, com dados relativos à cidade de Alpinópolis.

Dona Quitita casou-se aos 10 de fevereiro de 1945, em Alpinópolis, com seu primo Sebastião Leite Mezêncio (Tião Nestor), nascido aos 9 de agosto de 1918 e falecido 14 de junho de 2003 em Alpinópolis. A cerimônia matrimonial foi celebrada pelo pároco Cônego Vicente Bianchi.

Foi criada em casa de seus pais no município de Capitólio e, com seis anos de idade, se mudou juntamente com seus familiares para Alpinópolis. Logo após o casamento, passou a residir na Fazenda Grotão, no município de Passos, local que nasceram quatro de seus filhos.

Em 1952, o casal deixou a Fazenda Grotão para viver nas terras que adquiriam, a Fazenda Goiabeira, no município de Alpinópolis. Ali família viveu por longos anos já com a facilidade de acesso dos filhos à educação, devido à proximidade com a sede do município. O deslocamento das crianças para a escola, assim como de toda a família para as celebrações religiosas, era quase sempre realizado a pé.

Da união de Dona Quitita e Tião Nestor nasceram os filhos: Sebastião Leite Mezêncio Machado (Padre Tiãozinho – falecido no Vaticano e sepultado em Alpinópolis), Maria Terezinha Leite, Maria Dalva Mezêncio, Maria Genoveva Mezêncio, Alice Regina Leite, Amélia de Lourdes Mezêncio, José Domingos Leite, Laura Aparecida Mezêncio, Ângela Maria Leite e Rosana Maria de Morais Leite.

Dona Quitita, mulher carismática, religiosa, amável e um exemplo de vida, aos 94 anos é uma apaixonada pela leitura. Gosta de relembrar as histórias familiares e se preocupa com a preservação da memória familiar. “Dona Quitita é uma enciclopédia viva, sua memória é inabalável. Eu, como historiador, sempre me recorro a ela para perguntar sobre a Ventania e seu povo. E ela, num piscar de olhos, me repassa fatos com riqueza de detalhes e nomes de pessoas com uma facilidade fascinante”, comentou o pesquisador, e cabo da Polícia Militar, Juliano Pereira de Souza.

Todos os dias ela faz questão de fazer seu crochê e saborear a “Folha da Manhã”, página por página. Detalhe é que, aos 94 anos, Dona Quitita tem uma visão de causar inveja e não precisa de óculos para realizar a leitura. Quando o jornal não chega, devido a alguma adversidade, chega a ficar irritada.  “Mamãe é uma mulher que gosta muito de ler, os dias que o jornal não chega aqui em casa, ela fica toda chateada. Ela tem uma visão muito boa e uma memória ótima, muitas vezes temos que recorrer a ela pra perguntar datas e fatos”, disse a filha Ângela Maria Leite.

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