A Prefeitura de Alpinópolis confirmou, na tarde desta sexta-feira (17), a ocorrência da primeira morte causada por gripe H1N1 na cidade em 2018. A vítima da doença foi um homem de 52 anos, residente no bairro Mundo Novo, que faleceu no dia 4 de agosto na Santa Casa de Misericórdia de Passos. A comprovação veio por meio de um laudo emitido pela Fundação Ezequiel Dias – Funed, de Belo Horizonte. Esse é o terceiro óbito ocasionado por gripe no município nos últimos anos. Em 2016 uma gestante faleceu vítima de H1N1 e em 2017 um idoso morreu por contrair H3N2.
No caso em questão, o paciente chegou a ser internado no Hospital Cônego Ubirajara Cabral, no entanto, devido a complicações repentinas, foi encaminhado em 23 de julho para atendimento na Santa Casa de Passos. Diante dos indícios apresentados, os profissionais da instituição suspeitaram da ocorrência de H1N1 e coletaram o material biológico enviado à capital para análise da Funed, que posteriormente confirmou as suspeitas.
Cerca de dez dias após a internação, na madrugada do dia 4 de agosto, o homem veio a óbito. O fato foi motivo de alarme, uma vez que o recente falecimento de uma jovem, de 21 anos, e os sintomas manifestados em uma policial civil e em um servidor estadual, já vinham causando pânico e gerando suposições sobre um possível surto na cidade.
Diante das especulações, um ofício foi emitido pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais – SES/MG. Este parecer técnico orientava que, em face das circunstâncias, a conduta a ser adotada pelo município deveria ter como base o Protocolo de Tratamento de Influenza do Ministério da Saúde, visando evitar pânico infundado e tomada de medidas não condizentes com a situação epidemiológica local. O documento ainda fazia referência ao caso específico da investigadora da Polícia Civil, esclarecendo que o quadro apresentado não se enquadrava no Protocolo do Ministério da Saúde, mas que, não obstante, uma amostra da paciente poderia ser colhida por questão pessoal. A policial chegou a ser internada na Santa Casa de Passos e a hipótese diagnóstica assinada pelo médico, em 31 de julho, apontava para suspeita de pneumonia ou H1N1.
Antes da confirmação da causa desta morte por H1N1, um vídeo chegou a ser produzido por um servidor do Departamento Municipal de Saúde, com objetivo de tranquilizar a população sobre as especulações. Divulgado por meio das redes sociais, o conteúdo da gravação pedia calma aos moradores e afirmava não existir motivo para pânico, já que até aquele momento não havia nenhum caso confirmado no município.
Contudo, após o caso em questão ser constatado pela Funed, a Prefeitura de Alpinópolis emitiu nota admitindo a ocorrência da doença na cidade, porém comunicou que não houve disseminação do vírus. De acordo com a administração, foi realizado bloqueio junto a familiares e contatos mais próximos do paciente, inclusive com vacinação de todos, objetivando evitar um surto.
“Com o bloqueio e a ajuda de todos os profissionais da saúde de Alpinópolis, através de conscientização de hábitos de higiene e de prevenção e antecipação da vacinação, não houve disseminação do vírus e mais ninguém foi infectado. Agora a vigilância continua em estado de alerta máxima para que não haja mais nenhum caso da doença. Dúvidas entrem em contato com a UBS de seu bairro ou com a Vigilância em Saúde Municipal. Evitar lugares aglomerados e fechados e lavar sempre às mãos são muito importante para prevenção dessa doença”, diz a nota.