Dados oficiais da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais registram que o número de casos confirmados e prováveis de dengue em Alpinópolis já totaliza 229 somente neste ano de 2016. Os registros do governo estadual apontam que o município aparece na lista das localidades em situação de alerta devido à alta taxa de incidência da doença.
Entre as cidades do Sudoeste de Minas apenas outras quatro também apresentam situação de alerta, sendo elas Passos (1011), São Sebastião do Paraíso (392), Delfinópolis (118) e Piumhi (117). O cálculo de incidência é realizado utilizando o número de notificações do município que é dividido pela quantidade de habitantes e multiplicado por 100 mil. Resultados abaixo de 100 são considerados de baixa incidência, de 100 até menos de 300 de média incidência e acima de 300 de alta incidência.
Segundo o Boletim Epidemiológico da SES/MG a taxa de incidência de casos prováveis de dengue em Alpinópolis atinge 1173,57 e é, portanto, considerada como alta. Nesta classificação, publicada na última terça-feira (17), estão incluídos os casos confirmados e os casos suspeitos da doença.
Outras cidades da região, apesar de contar com números abaixo dos três dígitos, ainda aparecem na classificação de alta incidência como Guapé (92), Monte Santo de Minas (64), Itaú de Minas (60), São Roque de Minas (54), Capitólio (52), São João Batista do Glória (43), Pratápolis (37). Os municípios de Cássia (52) e Carmo do Rio Claro (29) estão no patamar classificado como média incidência.
A coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador da Superintendência Regional de Saúde de Passos, Suely Cortez, avalia que realmente nas semanas epidemiológicas dos meses de março e abril as cidades da região apresentaram uma maior incidência de casos, mesmo priorizando as ações de combate contra a proliferação de criadouros do mosquito.
Alpinópolis, de acordo com os dados divulgados pelo governo, seguiu as tendências regionais e estaduais. O mês com maior número registros no município em 2016 foi março, havendo uma redução em abril e maio. Segundo a coordenadora essa diminuição nas cidades da região era esperada devido às ações de combate e também à chegada do frio. “O total de casos de dengue na região acompanha o desempenho de todo o estado, até mesmo de redução nas últimas semanas em razão da chegada do frio. Mas a situação ainda é de alerta, não podemos descuidar só porque tivemos uma diminuição nas estatísticas, pois o combate ao Aedes aegypti deve ser permanente justamente para evitar situações de alta incidência como as ocorridas neste ano”, pontuou Suely.