Alpinopolense morto em Guaxupé é homenageado e delegado detalha o crime

O assassinato do alpinopolense Alexandre Vieira Rodrigues, ocorrido durante uma tentativa de assalto à agência bancária onde trabalhava como gerente, em Guaxupé, continua causando comoção. Após a tragédia, a porta do Banco do Brasil, no centro da cidade, onde aconteceu a tragédia, apareceu repleta de flores e com uma mensagem estampada em um banner. O delegado responsável pela investigação, em entrevista, deu mais detalhes do crime e disse que a polícia segue no encalço do restante da quadrilha.

A agência situada na Avenida Conde Ribeiro do Valle nº 167, na região central de Guaxupé, está fechada desde a última quarta-feira (20) e só reabrirá na próxima segunda-feira (25), devido ao fatídico assassinato ali acontecido. Colegas de trabalho, assim como pessoas comuns, deixaram ao longo da fachada do banco diversos vasos de flores em homenagem a Alexandre.

Além das flores, também foi afixado no vidro, pela parte interna da agência, um banner que estampa imagens de Alexandre e traz as seguintes palavras: “Estamos de luto, na luta pela paz. Amigo é coisa pra se guardar”. O alpinopolense era bastante querido e, segundo relatos, se destacava pela prestatividade, cordialidade e responsabilidade com que conduzia sua carreira. Alexandre tinha 39 anos e deixa a esposa, Simone Silva, assim como dois filhos adolescentes.

Após o sepultamento, ocorrido no final da manhã de quinta-feira (21), no cemitério de Alpinópolis, o delegado responsável pelas investigações deu mais detalhes do crime. Cleyson Brene, chefe do setor de inteligência do 18º Departamento da Polícia Civil em Poços de Caldas, revelou que os criminosos renderam o gerente na tarde de terça-feira (19), por volta das 17h, na sede do clube do Banco do Brasil, que fica entre Guaxupé e Guaranésia.

Delegado Cleyson Brene

O casal de caseiros do clube também foi rendido. De lá, todos foram levados à casa do gerente, onde a esposa e os dois filhos também foram feitos reféns durante toda a noite, até a manhã de quarta-feira (20), quando os demais foram liberados nas proximidades do clube. Por volta das 8h, um dos criminosos foi com o gerente até a agência com o fim de roubar o dinheiro do cofre.

Comunicada sobre uma movimentação suspeita no local, a Polícia Militar cercou o banco. Nesse momento, assustado, o criminoso utilizou o gerente como escudo humano e, na saída da agência, acabou disparando um tiro em sua cabeça. Alexandre faleceu antes de chegar à Santa Casa da cidade. O criminoso identificado como Heder Vasconcelos Lopes, de 34 anos, morador de Guaxupé, foi baleado pela polícia. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.

“Não houve subtração de dinheiro. Tudo indica que o autor, após render também o segurança da agência bancária, desconfiou que estava sendo monitorado por policiais do lado de fora e tentou sair com a arma apontada para a nuca do gerente do banco. E, nesse momento, pode ter assustado com a dinâmica dos policiais, e acabou efetuando um disparo que alvejou a vítima e foi fatal”, explicou o delegado.

Ainda segundo o delegado, as investigações apontam que não houve troca de tiros entre o criminoso e a polícia. As imagens do circuito interno vão ajudar na apuração. “Nós estamos analisando as imagens, tanto do interior da agência para entender a dinâmica dos fatos, bem como as imagens externas e do possível itinerário dos indivíduos. As informações que nós colhemos sobre o indivíduo alvejado e morto são no sentido de que ele estava cumprindo o regime semiaberto e no dia 19, ele teria progredido e estava em liberdade”.

O prefeito de Guaxupé, Jarbas Correa Filho (PSDB), fez três cartas, que foram entregues à família, aos funcionários da agência e à superintendência do Banco do Brasil em Varginha. Nelas, o prefeito lamenta a morte de Alexandre e diz que o gerente “deixou para todos os guaxupeanos boas lembranças, sendo um pai e marido exemplar, um excelente profissional e que deixará muita saudade”.

O Banco do Brasil também lamentou a morte e diz que dá apoio à família e colabora com as investigações. A instituição informou, ainda, que a agência de Guaxupé conta com todos os recursos de segurança e que não tinha, até então, histórico deste tipo de crime. O banco só deve retomar os atendimentos na segunda-feira (25).

Fotos e informações: G1 Sul de Minas / Revista Mídia Brasil

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